sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Os docentes e as TIC

Para uma eficaz integração das TIC no sistema educativo, além de uma adequada formação de professores, terá de haver uma transformação da atitude dos professores. Esta transformação vai exigir que os professores reconheçam que já não são os detentores da transmissão de saberes e aceitem que as novas gerações têm outros modos de aprendizagem, baseados em estruturas não lineares, completamente diferentes da estrutura sequencial em que assentam os saberes livrescos tradicionais. Mais do que um transmissor de saberes, o professor será um facilitador de aprendizagens, um mediador de saberes, praticando uma pedagogia activa centrada no aluno e terá um papel decisivo na construção do cidadão crítico e activo.

Como foi referido por Geneviève Jacquinot relativamente aos média, as TIC “só podem servir de fonte de acesso ao conhecimento se forem integradas, dentro ou fora da escola, no quadro de um projecto ou de uma metodologia. (…) É urgente definir uma nova função da escola na sociedade actual. A questão mais importante é a de saber como vamos fazer uma educação democrática para todos ou, pelo menos, para uma maioria. (…) Devemos construir um discurso sobre a nova função da escola na sociedade tecnológica e criar práticas novas. Uma educação para os media bem controlada, exigente, pode ajudar-nos muito nessa tarefa (Jacquinot, 1995)”.

As TIC no Ensino

A educação para os media” está intimamente ligada à integração das TIC na educação.
Com a enorme influência das TIC sobre os meios de produção e comunicação, a escola precisa absolutamente de as integrar se não quer ficar definitivamente isolada. As TIC são ferramentas de ensino e, como tal, tanto podem ser usadas para novas práticas pedagógicas baseadas nas pedagogias activas, centradas no aluno, como podem servir apenas para transmitir conhecimentos, seguindo um modelo tradicional, em que o professor e os conteúdos programáticos ocupam o centro do processo educativo.

Como diz Jacques Tardif, “o desenvolvimento exponencial das TIC, assim como a sua força, impedirão que a escola as trate com ligeireza e duma maneira superficial, exigindo reflexões sérias sobre as modalidades e o grau de integração (Tardif, 1998)”.

As práticas pedagógicas que utilizam as TIC duma forma planeada e sistemática permitem:

- o desenvolvimento de uma competência de trabalho em autonomia (fundamental ao longo da vida), já que os alunos podem dispor, desde muito novos, de uma enorme variedade de ferramentas de investigação. “Se é verdade que nenhuma tecnologia poderá jamais transformar a realidade do sistema educativo, as tecnologias de informação e comunicação trazem dentro de si uma nova possibilidade: a de poder confiar realmente a todos os alunos a responsabilidade das suas aprendizagens (Carrier, J.-P., 1998)” (5) .

- um acesso à informação com rapidez e facilidade (um dos seus principais trunfos);

- uma prática de confrontação, verificação, organização, selecção e estruturação, já que as informações não estão apenas numa fonte. As inúmeras informações disponíveis não significarão nada se o utilizador não for capaz de as verificar e de as confrontar para depois as seleccionar. A recolha de informações sem limite pode muito bem provocar apenas uma simples acumulação de saberes.

- o desenvolvimento das competências de análise e de reflexão.

- a abertura ao mundo e disponibilidade para conhecer e compreender outras culturas;

- a organização do seu pensamento;

- o trabalho em simultâneo com um ou mais colegas situados em diferentes pontos do planeta.

- a criação de sites (em colaboração com os colegas e professores da sua ou de outras escolas), a qual vai permitir que os alunos realizem:

- um trabalho de estruturação das suas ideias;

- uma organização espacial;

- uma apresentação com cuidados estéticos;

- um trabalho de descrição e apresentação que proporcionará uma pesquisa histórica, geográfica e cultural sobre a escola, o local e a região onde habitam e estudam;

- um registo de sons e imagens (fotografia e vídeo);

- uma tradução em várias línguas.

Áudio e Vídeo

A comunicação

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Eu e as TIC

O Impacto da Comunicação

Ao longo da nossa licenciatura aprendemos e concordamos que a educação é feita ao longo e para toda a vida. Sendo assim, é imprescindível saber e manter a relação entre a educação ao longo da vida e as comunidades de aprendizagem.
Citando Paulo Dias, “comunicar e aprender em rede são assim aspectos da mudança em curso no desenvolvimento da educação e formação para a Sociedade do Conhecimento”. Como tal, estas mudanças representam novas formas de aprendizagem. No que diz respeito ao ensino, as técnicas de E-Lerming (Educação à Distancia) são o melhor exemplo que se pode dar. As aulas já não se regem ás quatro paredes da sala de aula.
Os adultos, com vidas pessoais preenchidas, põem agora a hipótese de voltarem a estudar, uma vez que não necessitam de se deslocar a uma escola; podem estudar em casa. A tecnologia muda a forma como nós vivemos, aprendemos, trabalhamos, o que nós esperamos e o que acreditamos.

PG - TIC

Iniciei no dia 20 de Novembro, a minha Pós-graduação em TIC. A aula foi bastante interessante e o professor fez pervalecer o seu poder de comunicação, ou não fosse ele professor do módulo de Teorias e Modelos da Comunicação.
No dia 21, a aula foi com o professor de Vídeo e Áudio, onde creio que iremos fazer coisas bastantes interessantes. 

Profissional de RVC

Técnica de RVCC


A actividade de um técnico de RVCC (Profissional de RVCC e Formador das áreas de competência-chave) exige amplos conhecimentos de cultura geral, uma formação sólida na área para a qual desempenham funções e um conhecimento global, transversal e assertivo de todo o processo RVCC. Exige, ainda, uma certa apetência para o relacionamento humano e um conhecimento global das vivências dos adultos com os quais trabalham. Por outro lado, torna-se essencial a aplicação de correctas atitudes e métodos pedagógicos que visem a competente e eficaz dinamização de todo o processo de reconhecimento, validação e certificação de competências.



Toda a actividade do técnico de RVCC processa-se através da comunicação que estabelece com os seus adultos, constituindo-se uma interacção simbiótica entre técnico – processo rvcc - adulto, em que ambos são partes activas. Torna-se, por isso, necessário reflectir sobre o acto de comunicar, sobre as implicações da comunicação interpessoal, sobre as atitudes que o técnico pode adoptar e os efeitos que estas podem produzir nos seus adultos, sobre os diferentes métodos e técnicas que tem ao seu dispor. Cada técnico tem o seu estilo de comunicar, mas tem que saber adaptar-se e lidar com as múltiplas situações concretas com que se depara no seu dia a dia, nunca esquecendo que cada adulto é um adulto, assim como, cada história de vida é uma história diferente, vivida por actores diferentes em contextos diferentes.



A educação e formação ao longo da vida constituem um programa de grandes dimensões que visa articular as necessidades e a motivação individuais de cada cidadão, nomeadamente num Centro de RVCC, o adulto que procura um processo de rvcc tem, à partida, um objectivo que despoletou a necessidade de aumentar a sua escolaridade, originando uma motivação acentuada para a frequência do mesmo.



Pelas características específicas e inovadoras deste processo é exigido aos técnicos que trabalham directamente com os Adultos que desenvolvam o espírito de cooperação e inter-ajuda, a capacidade de comunicar eficazmente, o relacionamento e adequação às características do público-alvo, e a habilidade de motivar e valorizar, sobretudo com o intuito de auxiliar o adulto a elaborar um bom portefólio.